Minério de Ferro: Explorando as Diferenças Entre os Mercados DCE e SGX
Conheça mais sobre as principais características dessa commodities que tanto impacta a bolsa brasileira.
Mari Barros
2/16/20252 min read
O minério de ferro é uma das commodities mais estratégicas no cenário global, sendo um insumo essencial para a produção de aço. Este, por sua vez, é utilizado em diversos setores, desde a construção civil até a fabricação de veículos e eletrodomésticos. A China se destaca como o maior consumidor mundial do minério, sendo responsável por 54% da produção global de aço em 2021, segundo a World Steel Association.
Nesse contexto, duas bolsas de valores se destacam nas negociações de derivativos de minério de ferro: a Dalian Commodity Exchange (DCE), na China, e a Singapore Exchange (SGX), em Singapura. Apesar de ambas desempenharem papéis importantes nesse mercado, elas apresentam diferenças significativas que afetam as decisões dos traders e investidores.
Principais Diferenças Entre DCE e SGX
Histórico e Público-Alvo
DCE: Fundada em 1993, a bolsa chinesa introduziu contratos futuros de minério de ferro em 2013. O público predominante é formado por investidores de varejo, que operam por corretoras locais, resultando em maior volatilidade e um caráter especulativo nas negociações.
SGX: Criada em 1999, a bolsa de Singapura lançou swaps de minério de ferro em 2009. Aproximadamente 95% do volume de negociação é composto por traders institucionais, incluindo bancos e hedgers, com foco em proteção contra flutuações de preços.
Moeda de Negociação
DCE: As transações ocorrem em yuan chinês, sendo um desafio para investidores internacionais que possuem maior familiaridade com moedas como o dólar americano.
SGX: Todas as operações são realizadas em dólares americanos, facilitando o acesso para traders globais.
Horários de Negociação
DCE: Operações divididas em dois turnos (noturno: 21h às 23h; diurno: 9h às 15h, horário local).
SGX: O mercado opera continuamente das 9h às 17h, horário local, oferecendo maior conveniência para traders globais.
Regulação e Liberdade Econômica
DCE: Regulado pelo governo chinês, está sujeito a intervenções políticas que podem impactar as operações.
SGX: Singapura é reconhecida por sua liberdade econômica e transparência regulatória, oferecendo maior segurança aos investidores.
O Minério de Ferro e o Mercado Brasileiro
No Brasil, empresas como Vale (VALE3), CSN Mineração (CMIN3) e siderúrgicas como Gerdau (GGBR4), CSN (CSNA3) e Usiminas (USIM5) possuem forte correlação com o minério de ferro. Juntas, essas empresas representam cerca de 19,10% da composição teórica do Ibovespa, destacando a relevância da commodity para o mercado nacional. 60% da produção brasileira vai para Dalian.
A China, principal destino das exportações brasileiras, influencia diretamente os preços do minério. Nesse sentido, a DCE é monitorada de perto pelos operadores brasileiros, embora a SGX ofereça indicadores complementares, especialmente em feriados chineses.
Perspectivas Futuras
À medida que o mercado de minério de ferro amadurece, espera-se uma ampliação nos instrumentos financeiros disponíveis, como opções e contratos adaptados a diferentes tipos de minério. Isso tende a aumentar a atratividade das bolsas e a diversificação de estratégias de negociação.
Para investidores e traders, entender as peculiaridades entre a DCE e a SGX é essencial para tomar decisões informadas e explorar as oportunidades que essas plataformas oferecem.
Acompanhe no Farol do Mercado
Em nosso painel você acompanha os preços das commodities negociadas tanto na bolsa de Dalian Commodity Exchange (DCE) quanto na Singapore Exchange (SGX). Para não se perder no dia a dia antes de suas operações, vejo no Farol do Mercado o resultado para esses ativos.
